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Compositor-instrumentista-produtor gravou violões, guitarras, percussões em uma música, uma escaleta em outra e as vozes que compõem seu sexto disco solo. 

Minidocumentário de Assis Medeiros sobre Cipó com serpente (2021).

Assis Medeiros diz não ser multi-instrumentista, mas é compositor, músico, cantor e produtor musical. O artista pernambucano meio paraibano/maranhense (radicado em Brasília) lançou, no fim de 2021, seu mais novo trabalho, o Cipó com serpente, o álbum apresenta dez músicas autorais e foi produzido por ele no estúdio que tem em casa. 

A maioria das músicas foram compostas durante a pandemia, o álbum traz três canções com parcerias, Flâneur Bumerangue, ambas com Ana Areias e Hamilton Oliveira, e A cor do lírio com gaita de Pablo Fagundes, músico de Brasília, e a voz de Lídia Batista, irmã de Urano, declamando trecho da letra. 

Esta última é resultado de parceria com o poeta maranhense Celso Borges e o com o poeta cearense, do Crato, Geraldo Urano (1953-2017). Urano publicou o poema A cor do lírio, em formato de folheto de cordel, em 1986. A música e clipe são homenagens póstumas ao poeta caririense, que partiu em 2017. 

Outras composições do disco são Aço do AmorEira nem BeiraVeneno de flor e Cipó com serpente. O álbum também tem duas composições com mais de 20 anos, Onde tudo parecia e Pé de moleca, sendo a última uma homenagem de Assis à filha. 

“Cipó com serpente nasceu quando eu estava trabalhando remoto e comecei a compor algumas músicas e a música que dá nome ao disco é a mais nordestina dele. A minha filha, Flora Lago, que além de cantar também é designer, teve a ideia de fazer, a partir do título, um retrato meu em uma pincelada só. Ela colocou a caneta no papel e sem tirar fez a capa do disco. É a ideia do cipó e serpente juntas, fazendo o contorno de meu retrato”, explica o músico. 

A decisão de gravar o álbum sozinho veio pela impossibilidade de juntar os companheiros de banda, Fernando Rodrigues (contra-baixo) e Marco Guedes (bateria), durante a pandemia. Os três trabalham juntos há quase 20 anos. 

“Achei interessante assumir essa coisa da solidão, de estar trancafiado em casa para poder desenvolver o trabalho, esse processo de gravar eu mesmo, dá o play e o rec, para gravar eu tocando violão, eu cantando, eu tocando guitarra. Processo já natural, para mim”, resume. 

Há 10 anos, o artista-produtor tem um estúdio em casa para a produção de seus discos e das trilhas sonoras que faz para filmes. Produtor musical, há 15, antigamente, produzia com um gravador de 16 pistas em uma sala em seu antigo apartamento e hoje em um espaço mais tranquilo em casa, onde pode trabalhar só. 

“Cipó com serpente é um dos discos que eu mais tive prazer em fazer porque, mesmo que seja legal gravar com outros músicos, neste eu não tinha um horário e o estúdio fica quase ao lado do meu quarto, eu vinha para cá, geralmente, à noite ou à tarde, em meus horários livres, sem aquela pressão do tempo que, às vezes, atrapalha”. 

O artista está produzindo um EP de Forró a ser lançado em maio e um EP de Samba, cada um com quatro faixas. Assis planeja lançar pelo menos duas trilhas de filmes este ano, uma de um curta-metragem e outra de longas-metragens de Jimi Figueiredo, diretor de filmes. 

Cipó com serpente pode ser ouvido pelas plataformas digitais e no canal do YouTube. Nas plataformas do artista também é possível conferir a trilha Sertão do meu amor realizada por ele para o documentário Sertão: a terra, a luta, a gente (2001) da TV Senado. 

Serviço:

Álbum Cipó com serpente, de Assis Medeiros. 

Disponível em todas as plataformas digitais e no YouTube. 

Canal:

youtube.com/channel/UC-t77qtxu9FBKjexiKzxBJQ

Plataformas digitais:

Spotify – open.spotify.com/artist/1qldAg5W1od1oqQ9Ls2GPh

Deezer – deezer.com/en/artist/1340174

Tidal – listen.tidal.com/artist/4192119

Apple Music – music.apple.com/ng/artist/assis-medeiros/403885485

Redes sociais:

Facebook facebook.com/oburrodecarga

Instagram @assis.medeiros.5


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